Oficinas de Educação Menstrual
O objetivo das oficinas é criar espaços originais e criativos para discussões e vivências sobre a menstruação, para além da concepção que considera o sangue menstrual como algo negativo e ruim, ou mesmo além do modelo convencional biomédico, que em geral acaba sendo o mais difundido e conhecido.
A menstruação tem sido abordada de forma transdisciplinar, trazendo conteúdos de outras áreas como a antropologia, a história e as artes, e também criando dinâmicas que envolvam o tema para além da reflexão, levando-o ao campo da ação.
Alguns assuntos possíveis a serem abordados durante os encontros são a história da menstruação; a construção das relações de gênero; a origem dos tabus e da ideia de nojo que envolve o sangue menstrual; as diferentes perspectivas culturais sobre o tema; a medicalização da menstruação e as práticas de resistência; o que é a pobreza menstrual e seus impactos; como funciona a educação menstrual; qual o lugar dos meninos e homens no debate do tema; informações sobre a anatomia do corpo feminino e menstruante e do ciclo menstrual; as mudanças físicas, mentais e emocionais ligadas ao ciclo e como são percebidas em sociedade; a higiene menstrual e o autocuidado; sexualidade e contracepção; dentre outros assuntos.
De forma prática esses temas são abordados em encontros regulares com os estudantes, por meio de aulas que são construídas para viabilizar a criação de um espaço de diálogo, troca de experiências, informações e que também os leve à prática, ao desenvolvimento de atividades e ações concretas, como intervenções sociais e artísticas.
“A Educação Menstrual se dedica a informar as pessoas sobre os ciclos menstruais, incentivando meninas, mulheres e pessoas que menstruam a conhecerem seus corpos, ciclos e sexualidade. Esse é um caminho para a autonomia e para a construção do bem-estar consigo mesmas e com seus próprios corpos, ampliando a perspectiva sobre os aspectos biológicos, psicológicos, sociais, políticos e culturais da menstruação. A ideia não é fazer com que a pessoa ame menstruar, mas sim conviver da melhor maneira possível com seu corpo e seu ciclo, aprendendo sobre seu funcionamento por meio de uma alfabetização menstrual, corporal e emocional. E quando o tema é trabalhado também com meninos e homens a ideia é fazê-los compreenderem qual seria o papel deles para romper com os tabus que envolvem a menstruação e a importância de se construir e garantir um ambiente seguro para que meninas, mulheres e menstruantes possam menstruar com dignidade.”
— Professora doutora Janaina Morais
O que os estudantes pensam sobre a experiência com o projeto Menstruação sem Tabu?
- “Muito bom, nunca tive tabu com esse assunto, mas poder ver outras pessoas se interessando mais e tendo menos vergonha foi uma experiência muito boa.”
- “Achei muito bacana e informativo, compartilhei muitas informações com familiares e amigos.”
- “Achei muito interessante e válido. É um assunto que nos torna muito mais amigas das nossas colegas de sala e muito mais inteiradas de assuntos que são de extrema importância.”
- “Foi muito boa, consegui melhorar minha concepção sobre a menstruação e ainda entender que esse assunto é bem confortável quando abordado de forma correta.”
- “O projeto foi bem interessante, incluir a menstruação nas discussões escolares não apenas atende às necessidades educacionais dos estudantes, mas também contribui para a construção de uma sociedade mais informada, equitativa e respeitosa.”
- “Minha experiência foi bem interessante e cheia de curiosidades que eu nem imaginava que teria. Este projeto foi algo inovador e que gostei bastante de me aprofundar, pois nunca foi retratado em nenhuma escola que estudei. Visa nos informar sobre diversos aspectos e conhecimentos sobre nosso corpo e em como ele reage nesse período de menstruação.”
- “Foi uma experiência agradável e até mesmo de libertação, normalizando a conversa sobre o corpo feminino de forma mais simples e compreensiva.”
Galeria das Oficinas
Por que a Educação Menstrual é importante?








